"Estamos a vislumbrar a saída de um período difícil"

O primeiro-ministro desejou hoje que os portugueses em dificuldades consigam ver "a luz ao fundo do túnel" este ano e percebam que Portugal não está num "ciclo vicioso", mas a "vislumbrar a saída de um período difícil".
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Pedro Passos Coelho deixou esta mensagem ao país depois de ouvir dois grupos folclóricos cantarem as Janeiras, nos jardins da residência oficial de São Bento, em Lisboa, contestando assim a ideia de que a economia portuguesa está numa "espiral recessiva" defendida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, na sua mensagem de ano novo.

"Aproveito esta oportunidade para, por vosso intermédio, desejar a todos, a todos mesmo, mesmo àqueles que gostam pouco do Governo, que tenham um ano à altura de todas as suas expectativas", começou por afirmar o primeiro-ministro.

Pedro Passos Coelho, que estava acompanhado pela sua mulher, Laura, deixou votos especiais para os desempregados, para os idosos e para aqueles que estão dependentes de outros.

Depois, dirigiu-se a todos os portugueses que vivem dificuldades, dizendo-lhes: "Que consigam vislumbrar ao longo deste ano aquilo que se chama a luz ao fundo do túnel, quer dizer, o motivo de esperança para perceberem que nós não estamos a iniciar um ciclo vicioso de que não conseguimos sair, mas apenas a vislumbrar a saída de um período difícil que estamos a completar, porque outra forma não há senão passar por ele e resolver os problemas".

Na sua mensagem de ano novo, o Presidente da República defendeu um ponto de vista diferente, afirmando que a economia portuguesa está numa "espiral recessiva, em que a redução drástica da procura leva ao encerramento de empresas e ao agravamento do desemprego", que é urgente travar.

Aos mais idosos, Passos Coelho desejou "que consigam ter das organizações não-governamentais, com quem o Governo tem tido um relacionamento muito próximo, a ajuda e o conforto que muitas vezes não têm do Estado ou da família que desapareceu".

Aos desempregados, que "possam ter a oportunidade de ter alguma formação e com isso valorizarem a sua experiência e poderem agarrar outras oportunidades de trabalho".

Aos que dependem de outros, "por deficiência que tenham, por algum azar maior", expressou o desejo de que "encontrem na família alargada do país a ajuda de que precisam".

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